Alexa, a assistente virtual da Amazon, deverá em breve conseguir conversar com Siri, a assistente da Apple: este é o objetivo da aliança anunciada no dia 18 de dezembro por três gigantes da tecnologia (Amazon, Apple e Google) e a fundação da Zigbee Alliance.
Essa parceria deve permitir a criação de um novo padrão de tecnologia comum para produtos domésticos inteligentes, em um movimento destinado a permitir que dispositivos mais conectados se comuniquem entre si.
Este padrão de conectividade, “isento de royalties, deve aumentar a compatibilidade entre equipamentos domésticos inteligentes, tendo a segurança como prioridade”, afirmaram os parceiros em declaração conjunta.
A força-tarefa visa a unificar a ampla variedade de padrões existentes hoje. “O projeto visa melhorar a experiência do consumidor ao tentar usar produtos domésticos inteligentes que não são compatíveis entre si”, afirmaram as partes interessadas.
“Acreditamos que o protocolo tem o potencial de ser amplamente adotado em sistemas domésticos e assistentes, como Google Assistant, Amazon Alexa, Siri da Apple e outros”.
A fundação Zigbee Alliance, que se junta ao projeto, foi criada em 2002 por grandes marcas como Samsung, Ikea, Legrand e o distribuidor Kroger para estabelecer um padrão universal para os equipamentos inteligentes que eles produzem ou vendem.
- Mercado em expansão
De alto-falantes ativados por voz a lâmpadas inteligentes e campainhas conectadas, os “dispositivos inteligentes” estão cada vez mais presentes nas residências nos últimos anos.
De acordo com dados publicados em setembro pelo escritório IDC, o mercado de equipamentos conectados para residências poderá crescer 23,5% em 2019, com 815 milhões de objetos vendidos. Esse número pode subir para 1,39 bilhão em 2023.
Mas a profusão de padrões limita as possibilidades para desenvolvedores e o público em geral, muitas vezes forçado a se limitar a uma única marca ou a fazer atualizações constantes de seus produtos.
Um obstáculo que a nova parceria, intitulada “Project Connected Home over IP”, propõe remediar. “Os desenvolvedores e os consumidores se beneficiarão desse novo padrão de compatibilidade universal para equipamentos domésticos conectados”, observam Nick Sathe e Grant Erickson, do Google Nest, a divisão de objetos conectados da gigante californiana.
“Para os desenvolvedores, simplifica o desenvolvimento de produtos e reduz os custos, fornecendo a eles um padrão para fabricar seus produtos. Você poderá escolher como deseja controlar sua casa, independentemente da tecnologia que escolher”, acrescentam os dois engenheiros.