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Brasil ganha 10 milhões de internautas em um ano, aponta IBGE

Em apenas um ano, o número de internautas no Brasil cresceu de 10 milhões de pessoas, sendo que os idosos representam a faixa etária com maior crescimento de novos usuários da rede.

É o que aponta um levantamento divulgado no dia 20 de dezembro de 2018, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito no quarto trimestre de 2017. Ele faz parte das coletas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).

Veja os destaques do estudo:

  • O número de domicílios com acesso à web subiu para 75% contra 69% em 2016;
  • A principal finalidade de acesso é enviar mensagens por aplicativos diferentes de e-mail, ou seja, redes sociais;
  • A área rural do país foi a que mais registrou expansão no número de domicílios conectados, que chagaram a 41%; nas áreas urbanas subiu para 80%.
  • O celular continua sendo o principal dispositivo para usar a internet, responsável por 98% dos acessos;
  • O número de domicílios que acessam a internet pela TV subiu de 11%, em 2016, para 16%; e o número de casas com computador e tablets continua caindo.

Número de internautas

Em 2017, segundo o IBGE, o país tinha 126,4 milhões de usuários de internet, o que representava 69,8% da população com 10 anos ou mais. Um ano antes, os internautas somavam 116,1 milhões, 64,7% da população.

Assim, de 2016 para 2017, o contingente de pessoas conectadas à rede mundial de computadores no Brasil aumentou em quase 9%.

Idosos conectados

Dos 10 milhões de novos usuários de internet, 23% tinham 60 anos ou mais. No mesmo período, a população idosa cresceu em cerca de 1 milhão, enquanto a população de 60 anos ou mais usuária de internet cresceu 2,3 milhões.

Em 2016, o percentual de idosos acessando a internet em relação ao total de internautas era de 24,7%, e saltou para 31,1% em 2017, uma variação de 25,9%. No grupo etário de 10 a 13 anos, a variação nesse período foi de 7,4%, e no de 14 a 17 anos, de 2,9%.

Domicílios com acesso à internet

O número de domicílios com acesso à rede mundial de computadores também cresceu na passagem de 2016 para 2017. No primeiro ano da pesquisa, 69,3% dos lares brasileiros tinham equipamento conectado à internet, percentual que saltou para 74,9% em um ano.

De acordo com o IBGE, a área rural do país foi a que mais registrou expansão no número de domicílios conectados à rede – saltou de 33,6% para 41%, enquanto na área urbana foi de 75% para 80,1%.

O mesmo tipo de evolução foi observado em todas as grandes regiões do país.

Celulares

Em 2015, outro levantamento do IBGE mostrou que o celular se consolidou no Brasil como o principal meio de acesso à internet. Naquele ano, em 92,1% dos casos, o smartphone era usado para conexão à rede. Esse percentual aumentou para 97,2% em 2016, chegando a 98,7% no final de 2017.

Também vem crescendo o acesso à rede por meio de aparelhos de TV. Em 2016, 11,7% dos domicílios tinham a televisão como meio de conexão. No ano seguinte, esse percentual subiu para 16,1%.

Em contrapartida, microcomputador (incluindo desktops e notebooks) e tabletes têm caído cada vez mais em desuso. O percentual de domicílios com uso de PCs caiu de 57,8% em 2016 para 52,3% em 2017. Já o de tablets caiu de 17,8% para 15,5% no mesmo período.

Foco em rede social

A pesquisa do IBGE mostrou que a principal finalidade de acesso à internet no Brasil é enviar mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail. Ou seja, o principal objetivo de quem se conecta à rede é o uso das redes sociais como o Facebook, Instagram e Whatsapp.

Em seguida, a outra principal finalidade é a realização de chamadas de voz ou vídeo. Assistir a vídeos, incluindo programas de TV, séries e filmes aparece em terceiro lugar. Troca de e-mails aparece na quarta posição.

Regionalmente, a finalidade de acesso à rede é semelhante para uso das redes sociais em todas as cinco regiões do país – varia entre 95,2% dos usuários no Sul do país e 95,8 no Centro-Oeste. Já para as outras três finalidades, há pequenas variações entre as regiões. A principal delas é em relação às trocas de e-mail. No Nordeste, 55,4% dos usuários usam o correio eletrônico, percentual que chega a 70,9%, no Sul.